Guia de Prática Clínica do American College of Physicians
Baseado em evidências científicas coletadas de 1990 a 2013 através do MEDLINE, Cochrane Library, Scirus e Google Scholar, tem como desfechos avaliados a continência, melhora da incontinência urinária, qualidade de vida, efeitos adversos e descontinuação decorrente de tais efeitos.
Não foram avaliados tratamentos invasivos (aplicação intravesical de toxina botulínica, eletroestimulação ou neuromodulação) ou cirúrgicos, uma vez que foi elaborado visando cuidados médicos primários que possam ser aplicados na clínica geral.
As recomendações da ACP estão a seguir:
- Primeira linha de tratamento para incontinência urinária de esforço em mulheres com reabilitação do assoalho pélvico (nível de evidência alto e grau de recomendação forte);
- Treinamento vesical em mulheres com incontinência urinária de urgência (nível de evidência moderado e grau de recomendação forte);
- Treinamento vesical e reabilitação do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária mista (nível de evidência moderado e grau de recomendação forte);
- Recomendação negativa do tratamento farmacológico sistêmico para incontinência urinária de esforço em mulheres (nível de evidência baixo e grau de recomendação forte);
- Tratamento farmacológico em mulheres com incontinência urinária de urgência quando há insucesso com treinamento vesical. Os médicos devem-se basear para a escolha do medicamento na tolerabilidade, efeitos colaterais, facilidade de administração e custo (nível de evidência alto e grau de recomendação forte) e
- Perda de peso e exercícios físicos para mulheres obesas com incontinência urinária (nível de evidência moderado e grau de recomendação forte).
Por Amir Qaseem et al., Annals of Internal Medicine, 2014.